O Carrefour, o cachorro e a saída à francesa.
Fonte: Facebook |
Julio F. Campos
Um cachorro foi morto por um segurança, terceirizado, gerando grande onda de indignação sobre a violência do ato na mídia, entre defensores de animais, com direito à repercussão internacional.
Protestos, tentativas de boicote e outras ações em meio a onda de desinformação resultante, parte produzida pela própria rede, indicando forte ausência de preparo para lidar com a situação, resultaram em inesperado (?) benefício para a rede de supermercados.
Ou em uma crise menor.
Como foco das pessoas na morte do cachorro, pouco se percebeu sobre os demais detalhes do caso.
Qual o motivo?
O que se discute são as ordens.
Sendo o objetivo limpar o local para que este ficasse apresentável aos visitantes da empresa naturalmente questiona-se se somente o cachorro era o problema a ser escondido.
Quando se vai ao mercado é esperado determinados padrões de limpeza, sobretudo nas áreas de preparo de alimentos, padaria, etc...
Deseja-se que este local esteja continuamente dentro de padrões higiênicos mínimos para que se possam comprar alimentos com tranquilidade.
Logo algumas perguntas ficam.
Será que somente o animal era um problema de higiene a ser removido?
Quais outras limpezas foram feitas naquele local, para aquela visita?
E, sobretudo, porque a limpeza “especial” para os visitantes? O local não deveria se manter adequadamente limpo todos os dias?
“Dar uma geral na imagem” quando da visita de superiores é praxe. Arrumar a bagunça, limpar o espaço, esconder a sujeira. Algo comum em qualquer local de trabalho.
Mas pode ser comum, ou esperado, em um local de venda e manuseio de alimentos?
Boa pergunta.
Especialmente quando o foco é outro.
Comments
Post a Comment